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| .:: 'Um Músico, Um Mecenas 2016' - 4.º Concerto |
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| Sábado, 30 de Julho de 2016 // 18:00 h |
| 05 July 2016 | |
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SOBRE OS INSTRUMENTOS MUSICAIS QUE IRÃO SER TOCADOS
O clavicórdio, por ser um instrumento portátil e económico, de som pouco volumoso, podia-se encontrar nos domicílios de particulares e prestava-se sobretudo ao estudo e ensino da música. Assumiu também um importante papel na prática musical dos conventos e igrejas. O tom verde exterior e a cor vermelho tijolo do interior são duas características comuns nos clavicórdios de construção portuguesa, cujos teclados tinham geralmente as teclas naturais em buxo e as acidentais em pau santo. As cordas, duas por cada tecla, eram em latão. O Museu Nacional da Música possui um núcleo de clavicórdios setecentistas das oficinas lisboetas e portuenses de inestimável valor organológico. O clavicórdio MM 413, de autor desconhecido, é um desses exemplares e está classificado como Tesouro Nacional. O clavicórdio MM 419, também de autoria desconhecida, foi possivelmente construído no sul da Alemanha, mas a sua proveniência é incerta. Diferencia-se do primeiro especialmente pelas características da caixa.
José Carlos Araújo estudou instrumentos históricos de tecla e interpretação de música antiga em Lisboa. Apresenta-se regularmente em recitais de cravo, pianoforte e órgão, com programas que procuram privilegiar sobretudo a música de autores ibéricos dos séculos XVI a XVIII.
A par de diversos órgãos históricos portugueses, dedicou gravações discográficas ao cravo J. J. Antunes de 1758 (Tesouro Nacional) e ao pianoforte H. van Casteel (1763), instrumentos que – resultado de colaboração com o Museu Nacional da Música – pôde também dar a ouvir em concerto. Recebeu o Primeiro Prémio do Concurso “Carlos Seixas”, atribuído pela Sociedade Histórica da Independência de Portugal, em celebração do tricentenário do compositor, em 2004. Realizou ainda ciclos completos de recitais dedicados à música para cravo de Bach (“Variações Goldberg”, 2007 / “Toccatas”, 2010 / “Partitas”, 2013).
Colaborou com o Teatro da Cornucópia para a produção de “A Tempestade” dirigida por Luís Miguel Cintra (2009), e com formações como o Coro Gulbenkian, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, Alma Mater ou Grupo de Música Contemporânea de Lisboa. Integra o Ensemble MPMP e a orquestra barroca Divino Sospiro. Gravou para a RTP e para a RDP – Antena 2.
Inaugurou em 2012 o selo discográfico “melographia portugueza” (ed. mpmp), com os primeiros CDs de uma gravação integral da obra para tecla de Carlos Seixas. Integra ainda o conselho editorial da revista Glosas, dedicada ao património musical português e de cultura lusófona.
PROGRAMA
ANTONIO DE CABEZÓN (1510 – 1566)
FR. DIOGO DA CONCEIÇÃO (SÉC. XVII)
PEDRO DE ARAÚJO (SÉC. XVII)
PEDRO ANTÓNIO AVONDANO (1714 – 1782)
FRANCISCO XAVIER BAPTISTA (? – 1797)
"Um Músico, Um Mecenas” é um ciclo de concertos de entrada livre organizado pelo Museu Nacional da Música e que tem como objetivo divulgar o importante acervo do Museu, dando voz a tesouros nacionais e instrumentos de valor histórico único da sua coleção, considerada uma das mais ricas da Europa.
Os concertos deste ciclo são autênticas viagens a este espólio, conduzidas por grandes intérpretes nacionais e internacionais, que dão a conhecer os instrumentos através de concertos comentados e de uma contextualização histórica estendida, muitas vezes, ao repertório escolhido.
A interpretação, a necessária manutenção dos instrumentos musicais e a comunicação da história de cada um deles são fatores intimamente ligados e que resultam numa ação concertada entre o Museu Nacional da Música e os Mecenas do ciclo (músicos, construtores / restauradores e outros parceiros).
«UM MÚSICO, UM MECENAS 2016»
30 de Abril
25 de Junho
30 de Julho
6 de Agosto
10 de Setembro
1 Outubro
22 de Outubro
5 Novembro
19 Novembro
10 Dezembro
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